21 de agosto de 2013

Passado é uma arte que eu não admiro


  • Óh, meu companheiro fiel, colapso nervoso e cruel.

Hoje eu estive perto de entrar em um colapso nervoso comigo mesma, pensando em coisas do passado, algo que possivelmente me deprecia, que me tortura e me corrompe. Perguntei-me repetidas vezes se sou digna das coisas que tenho, das pessoas que eu mantenho perto -ou ao menos tento-. Meus erros passados, as vontades malucas de machucar-me, os pensamentos negativos e horrendos. Isso é o que eu sou. Momentos de felicidades? Desculpem-me todos aqueles com o qual eu tenho certeza que tive esses momentos, eu os esqueci. Não lembro de momentos onde, ao qual, eu estava realmente feliz e não pensando em nada depreciante.

  • Eu estou perdida em alguma parte do meu ser obscuro.
Acredito que, por mais que os anos passem, eu continuarei trancada em um quartinho escuro, provavelmente escorada no guarda-roupa, tentando conter os 'monstros do meu passado' em algum cantinho seguro e longe de mim. Porém, como eles podem ficar em algum cantinho se eles pertencem a mim? A maldade em meu coração chega a ser tanta ao ponto de torturar-me a mim mesma?

  • Ainda da tempo de concertar todas as palavras horríveis que eu disse a minha mãe? 
Ah, companheira fiel, me livrando de todas as coisas horríveis ao qual eu sempre me submeto e mesmo assim, eu ainda sou horrível de mais para critica-la e não ajuda-la quando a mesma precisa. Sou horrível de mais para chegar e pedir desculpas pelas todas mentiras, pelas todas palavras horríveis que eu disse quando a mesma apenas tentava me ajudar. Como sou uma criança horrível!

  • E como eu posso perdoá-lo, sendo que nem posso chama-lo de pai e isso parecer sincero?
Alguma coisa aconteceu no passado, ao qual eu não lembro. Eu sempre o amei, do fundo do meu coração, e mesmo tendo imensa vontade de chorar toda vez que sou criticada, ou quando briga comigo, eu ainda o amo e mesmo assim sou... Sou apenas mais uma, que talvez você nem me veja como família. Nee~ Eu ainda lembro de quando você chegava do trabalho e eu corria e abraçava sua perna, devido a saudade que sentia, e você... Você apenas em empurrava levemente e dizia que depois falava comigo. Sabe, eu ainda espero o depois. Talvez meu medo de demonstrar sentimentos seja devido ao desprezo que recebo de ti, meu pai?
  • Deus, faça-me esquecer esta arte ao qual eu nunca dominarei.
Sei que sempre disse que não acreditava em Deus. Não o Deus que as religiões contam, não o Deus que é aquele que aceita oferendas horrendas. Não o Deus que todos querem me fazer acreditar. Você sempre soube, não é? Como sempre soube que, por mais forte que eu seja, eu sofreria por um passado ao qual eu não posso modificar. Descobri que amo incontrolavelmente aquelas pessoas que esquecem sobre tudo, as pessoas, as mentiras contadas, as dores, os sofrimentos... 
Escuto pessoas dizendo que olhar para o seu passado e ver o quanto você evolui é uma arte incomparável, eu apenas tenho vontade de pular de algo, afim de fazer com que este passado obscuro, com todos os seus monstrinhos me rondando, sumam. 
Qual seria a cura para tal coisa? Perdoar a mim mesma? Não, eu nunca seria capaz disso. Sou humano falho, sou um projeto de gente estranho e gentil, com lado obscuro que não pode ser apagado ou esquecido. Torturando-me profundamente, até que eu finalmente caia ao sono e sonhe algo que nunca poderá ser concreto. 

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