Até entrar no colegial, dois meses atrás, eu não fazia ideia da umidade do tecido do meu uniforme, após ser respingado pelo guarda-chuva de alguém. Do cheiro de naftalina exalando do terno de alguns. Do calor do corpo de outra pessoa, pressionando contra as minhas costas... Da brisa fresca do ar condicionado correndo bem no meu rosto.
Quando eu era criança, tinha a impressão do céu estar mais perto... Muito mais perto. É por isso que eu gosto da chuva. Ela sempre traz consigo o cheiro do céu. E durante algumas manhãs chuvosas, ao invés de fazer a baldeação no metrô, eu saio da estação.
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