Hoje, agora, eu sonhei com meu pai. Foi tão triste ver expressões que fazia mais de anos que havia visto, as expressões felizes... As expressões de amor. E no sonho, nos pequenos detalhes, minha saudade foi representada. Era como se estivesse assistindo um filme de uma garota diferente. Hoje, acordei com os lençóis cheios de suor, as cobertas reviradas e o travesseiro molhado de lágrimas, quando eu nunca havia chorado por ele, depois que ele abandonou a família.
Passamos o dia todo se divertindo, indo a lugares que eu sempre quis ir com ele, comprando coisas que sempre queria, comendo coisas que sempre queria comer com ele. Hoje, eu vi o quanto era bom ter um pai ao nosso lado, nos fazendo rir. Aquela sensação de rir somente por se sentir feliz, a muito que não fazia. Compramos muitas coisas, onde enchemos uma caixa com nossas lembranças daquele dia. Fomos ao parque e dele ao shopping e dele fomos ao cinema, logo depois fomos a um restaurante e então, fomos em outros lugares e depois em um internato, onde ele preencheu a ficha e somente teria que assinala quando saísse. E então fomos para o meu quarto, um lugar sem cor, apenas branco. Um lugar grande, porém vazio. Largamos minhas coisas ali e então ficamos falando banalidades. Um pouco antes de ir embora, eu dizia algo como "Sinto sua falta, embora sua imagem permaneça aqui ainda." e então, ele liga para meu celular, um pequeno sorriso no canto de sua boca...
- Você pode me ligar.
E então, depois de ficarmos conversando por um tempo no telefone, pegava um lápis e escrevia no chão branco, daquele lugar vazio. "Sinto falta de você, mesmo que você esteja aqui. Mesmo que seja você aqui." E ele, simplesmente, me puxa para o colo dele e me abraça, fazendo com que as lágrimas daquela criatura apaixonada por seu pai brotasse e a pessoa em agonia por estar sonhando aquilo chorasse.
E então, na hora de ir embora, ele assinou de modo tão frio, enquanto que eu havia escrito algo super amoroso em relação a ele, me lembrando simplesmente "Você virá me ver final de semana? Diga sim, por favor."Isso, realmente, é uma das coisas mais tristes que sonhei. O aperto em meu peito é tão forte que não consigo simplesmente esquecer... E agora me pergunto porque sonhei com algo desse tipo, sendo que nada disso irá realmente acontecer.
26 de junho de 2014;
Vach, Jéssica Villar.
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