Minha doce e pequena Lucienne, escrevo esta carta para indicar que não irei mais a perturbar, que hoje estou desistindo de tudo que havia entre nós... Ou o que desejei que houvesse. Hoje, Lucienne... Eu choro e choro pela ultima vez. Nosso amor não é permitido... Não, deixe-me me corrigir. O meu amor não é permitido. Pois nem tu e nem teus pais me aceitam. Lucienne, hoje eu entendo que nunca fui bom o bastante. Nunca fui capaz de faze-la me amar o tanto quanto a amo. Hoje eu entendo, que dizer adeus, não é esquecer, é apenas soltar a mão do outro para que este seja feliz... E hoje, meu eterno amor, eu a solto de mim. As amarras que você sempre dizia haver entre nós, hoje já não existe mais. Você está livre para apaixonar-se e casar-se... Hoje, você está livre para ser feliz.
Lucienne, peço que ao ler está carta, você não se sinta abatida ou que tenha qualquer sentimento em relação a mim, pois hoje eu estou disposto a largar tudo para que você seja feliz. Hoje, eu estou partindo para tão longe de você, que nem os céus irão me achar.
Lucienne, hoje eu estou indo embora, mas deixo aqui o meu ultimo pedido. Case, tenha filhos e tenha uma vida feliz e saudável. Peço que nunca mais se lembre de mim, mas se em algum momento vier a se lembrar, eu peço para que não se chateie e nem pense no "e se". Pense que deveria ser assim e assim foste.
Se você se sentir chateada, lembre-se... Soltar a mão do outro não é esquecer, mas sim soltar as amarras que um dia os prendiam. É deixar o outro ser feliz e ir procurar a sua própria, mesmo sem ter a certeza do que o espera.
Agradeço pelos momentos que tivemos. E agradeço pelos sonhos que me fizeste ter.
Jéssica Villar Vach (Soltar as amarras - Carta)
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