- Meu querido, hoje lhe escrevo tão secretamente que nunca terei a coragem de lhe entregar tal coisa, mas se chegar a encontrar esta carta perdida entre os lixos da rua, saiba que a perdi sem querer. Minha intenção, primeiramente, era jogar nessas linhas todo o meu amor por ti e que depois seja capaz de seguir minha vida tão triste sem teus olhos castanhos, mas as palavras escritas não curam.
- Meu querido, perdoe-me se estou sendo a criatura mais triste desde que te entendas por gente, mas saiba que meu amor é tanto que em apenas te ver, minha pele se arrepia e em meu peito brota aquele sentimento quente e caloroso, do qual só acontece somente por lhe ver, mesmo de relance.
- Meu querido, existe tantas coisas que sinto e que possuo à vontade de lhe dizer, mas as palavras não são capazes e mesmo que vasculhasse o dicionário, nada encontraria. Olhe nos meus olhos quando me ver e veja o que sinto por ti arder dentro desses tons acastanhados. Ou toque em meu peito, onde abaixo dele se esconde esse coração pequeno mas loucamente acelerado em apenas estar perto de ti.
- Oh, meu querido, eu o quero mais do que o sol quer ver a lua! Passou-se tantos outonos enquanto meu coração batia apressado para cada pessoa que caminhava igualmente a ti, pensando inutilmente que o veria, mas a decepção logo vinha ao se tornar um estranho imitando seu caminhar tão galante...
- Mas, para a minha felicidade, você apareceu estes dias e me olhou, reconhecendo-me, porém não veio falar comigo. Por quê não veio? Queria ouvir sua voz, saber se era somente a sua altura que havia mudado... Queria ver se possuía aquele sorriso meigo que sempre me cativara. E então, subitamente, você sorri tão leve, como um estranho que vê uma criatura nunca vista antes.
- Meu querido, você é tão estranho para mim mas sei cada jeito seu que faz com que me sinta uma perseguidora louca por você! Seu sorriso não mudou. E tão pouco você! Seu rosto afinou um tanto e você espichou, mas nada exagerado. Seus ombros estão mais largos e seu caminhar está muito mais galante. Era você... Eu o vi. Confesso que no momento senti algo tão forte me pedindo para gritar seu nome, mas como sempre, tão boba eu ali fiquei, o vendo partir novamente.
- Sempre serei a mesma boba, louca por você, então me perdoe todas essas vezes que o deixei partir.
8 de agosto de 2014
Carta
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
Sabe, eu quero o que se chama felicidade bem longe de mim, o mais distante possível, por que tudo que vem, algum dia vai. Bom, o amor não d...
-
Hoje, agora, eu sonhei com meu pai. Foi tão triste ver expressões que fazia mais de anos que havia visto, as expressões felizes... As expr...
Nenhum comentário:
Postar um comentário