3 de julho de 2013

Mestre Sumida

- Ele pensou que estava condenado. – Mestra Sumida replicou – Que tinha cometido muitos erros para ser perdoado. Ele estava muito apegado ao mundo físico. Ele enganou todos os monges de um monastério. Ele não tinha desejo de servir a humanidade numa capacidade espiritual, ele só queria uma educação gratuita. Ele pensava que era um irmão devotado, um da espécie dele, quando de fato, ele estava apenas fingindo caminhar por ela. E... ele gostava de mim, ele me considerava como… amiga, sentia-se confortável comigo.

"A única explicação dele não sentir-se tão ameaçado por minha presença era que ele era tão… imundo e corrupto quanto eu era. – a mestra forçou um sorriso enquanto tomava um lugar no banco de pedra – Não era possível que ele estivesse enganado a respeito de mim e da minha espécie. Não era possível que o único propósito da existência de um demônio não fosse o de atormentar os seres humanos. Não era possível que eu fosse uma pessoa com minha vida e meus sentimentos.

Ele nunca me viu como uma pessoa, percebi. Eu era apenas uma coisa... uma coisa "imunda, corrupta" para passar o tempo. E não podia ser que ele… estivesse apaixonado por mim, e que, portanto, todo o resto fosse irrelevante. Era… E o caminho dele ou nenhum. E o caminho dele determinava que ele estava condenado, e portanto era "imundo e corrupto" como eu. – ela respirou fundo e soltou o ar, esfregando a têmpora com a ponta dos dedos."
Retirado da fic In a Diferent Light

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