A noite cai e eu mais uma vez estou sozinha neste quarto, vazio... A solidão chega a ser agonizante e torturante. E eu não tenho escolha a não ser me encolher na minha tristeza profunda e ficar olhando para a janela, esperando alguém entrar... E me dizer que esta comigo, que não vai me deixar cair... Mas as pessoas passam e nem sentem o meu sofrimento pelo vento... Ah se estes ventos mudassem de novo... Mas não mudam, e eu sou a única boba esperando por isso. – Risos – Talvez eu devesse me alevantar sozinha – mas a dor é tão intensa – e a espera esta me fazendo perder os sentidos... Estou com medo e com frio. Não sei o que o destino me reservou... Mas ficar parada esperando também não dá.
Apaguei as luzes do meu coração, vou fingir que ele não existe, vou voltar à rotina e esquecer o passado... – Acho que é o melhor que eu devo fazer – Seguir adiante, mas me sinto tão fraca sem ajuda... Sem uma companhia... Ou sem um sorriso sincero para enfrentar a humanidade. – novamente risos – É isso não esta dando certo, ficar prometendo e não cumprir não é certo. – risos – Talvez seja melhor se eu mudar, voltar à antiga “eu”, a fria garota de olhos perfeitos, pele clara, e cabelos lisos... Mas eu não quero construir muros e destruir minha vida novamente, não quero afastar as pessoas de mim... Nem ignorar o que os outros estão sentindo. Eu quero sorrir, quero ser como eu estava... – quero ser feliz, novamente – Quero aproveitar tudo... Mas algo este terrivelmente errado. – Encosto a cabeça no vidro da janela. – Será que alguém esta pensando em mim? Quem pensaria em alguém que viveu quase que toda vida se esquivando e sendo fria? Adeus... “Querida eu”...
Jéssica Villar Vach
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