Eu estava com medo de olhar para trás, para o passado. E ter Daisy, está artificial palavra inorgânica, ser categorizado como uma coisa desse tipo me assustou. E eu estava sempre fugindo disso. Do pecado. Do passado. E da bondade. E Souchirou, eu tentei fugir de suas lembranças também. Aquelas palavras... Eu sempre pensei que aquelas palavras foram suas palavras de ressentimento em relação a mim. Mas Souchirou, no final eu não pude fugir de sua memória. Ei Souchirou, eu mudei. Eu não pude fugir. Não do pecado do Daisy. E não de toda esta bondade. E não dessa felicidade. Você confiou em mim, e você me mostrou a verdade cruel. E você confiou a mim tudo o que você amava. E tudo aconteceu do jeito que você queria. Eu posso sentir orgulho de você também? Eu vou deixar a sua memória florescer, assim como a sua irmãzinha faz. Souchirou, ela disse que você e eu somos muito parecidos, posso ter permissão para acreditar nisso? Eu sempre quis ser como você... Alguém que costumava ser o que eu fui um dia, está lá fora em algum lugar, se afogando em saudade. E se eu pudesse chegar a essa pessoa e lhe dizer que "não está acabado ainda", isso equivaleria ao valor verdadeiro de ser salvo por você naquela época. Eu só tenho esse pressentimento. (Kurosaki sobre Souchirou e um pouco sobre o Akira - Volume 10 - Capitulo 47)
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