Vejo a chuva molhar delicadamente o vidro da minha janela, com as mãos apoiadas no vidro, deixo meus pensamentos rolarem sobre tudo o que passei até agora, e me pergunto se tudo isso foi realmente algo em vão. A chuva é como minhas lagrimas que eu não consigo derramar, mas ainda existe aquela vontade louca de chorar, de correr e abrir a porta e me entregar ao meu destino... Eu não sei quando tudo deu errado, mas algo destruiu o que eu havia criado, e eu continuo aqui, pensando onde estava o erro... O meu erro.
Algumas pessoas dizem que não foi um erro meu, elas apenas querem que eu siga, mas minha vontade agora é de desistir de tudo, e deixar a vida me levar, fazer o que eu tiver vontade, estou cansada, e quero me deitar, mas tenho medo de voltar a acordar. Eu não quero continuar aqui, isso é difícil de mais, fingindo estar bem, mas isso é uma mentira... Talvez o que eu consiga de melhor é mentir em como eu me sinto... Mas ninguém nota, eu sinceramente espero que alguém note. Ainda existe algo dentro de mim que me faz seguir, que me faz continuar, que não me fez gritar e dizer o que passa dentro de mim... Este declive de emoções esta me enlouquecendo, e ninguém pode ver nos meus olhos...
À noite eu me sinto mais sozinha, talvez por que eu sei que ninguém vai estar ali, do meu lado quando eu quiser chorar. Mas agora, não existe mais lagrimas dentro de mim, só aquela dor de saber que esta sozinha... Em um mundo gigantesco, às vezes penso, que tudo não passa de um pesadelo e logo eu irei acordar, mas eu sei... Não é um pesadelo, é a realidade. Ninguém vive por mim, e eu não vivo por ninguém.
Jéssica Villar Vach
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