18 de novembro de 2011

Sentada na Grama de Veludo verde, peguei meu velho caderno de texto!!!

(Pensando) Hoje resolvi escrever, nossa faz tanto tempo que eu não faço escrevo, nem lembro a ultima vez que escrevi algo. Alias nem pensar eu ando pensando direito, minha vida tomou um novo rumo... E... Eu não sei mais como voltar ao normal.
Caderno, estojo com varias canetas de diversas cores dentro, em baixa do braço, indo em direção ao meu lugar favorito, em baixo de uma arvore... Esse lugar... Como eu pude me permitir esquece-lo? Não sei ainda o que vou escrever, talvez seja como antes, só eu deixar minha mão agir sozinha. Agora estou sentada nesta grama tão verde, tão macia que mais me parece um veludo verde... Ainda não veio nada da qual eu poça escrever, talvez se eu ler os textos antigos eu consigo me insipirar.
(Folheando o caderno) Algumas palavras chamam minha atenção...

As palavras que não consigo dizer estão presas dentro de mim, eu não consigo expressa-las... Não consigo nem ao menos entender... Isso parece tão estranho e as vezes tão natural... Acho que daqui a pouco eu vou ler isso e vou rasgar a folha... Olhando em volta de tudo que vejo aqui, só solidão... Nem uma alma viva alem de mim e dos passaros... Sinto falta de pessoas... Pessoas mesmo, amigos, aqueles que choram com você, que riem com você, e não debocham de você por que você nunca beijou, ou por que você nunca fez sexo, ou por que suas roupas são estranhos e feias aos olhos deles... As pessoas são sempre assim, olhando e debochando de todos que não lhe seguem... Acho que eu estou começando a ficar inteligente alguma vez na vida. ( RISADAS ) Nossa ja esta anoitecendo, eu nunca tinha viso o pôr-do-sol daqui... É maravilhoso... Não existem palavras das quais eu consiga descrever o que estou vendo... Parece que o mundo esta indo durmir... Essa paz que esta me dando agora, parece que todos meus problemas foram embora... PROBLEMAS? Droga eu vou ter muitos quando chegar em casa, minha mae vai me chingar e gritar comigo, meu pai vai gritar comigo e chingar ela... Meus irmãos vão me bater... Se desse para mim correr agora eu correria, só que não existe lugar eu possa ir... Onde eu possa ficar até eu ver que alguem sente minha falta... Bom amanha eu escrevo de novo... Boa Noite!


(Pensando)Tudo de repende ficou silencioso e ainda nem passou das 13:00 horas da tarde pela posição do sol. Vou ver mais alguns texto... Derrepente eu começo a chorar e soluçar, olhando para o horizonte distante. Droga eu reclamava da minha familia ser ruim para mim... Agora sem eles é pior ainda... Eu não sei mais o que fazer...
 (Folheando o caderno)Palavras chamando minha atenção novamente.


Bom Dia querido caderno, parece que hoje vai ser mais um dia quente, nossa ja estou suando e nem é 10:00 horas ainda, imagina a tarde, vou ter que ficar andando com um ventilador comigo. ( RISADAS ) Nossa, estou tão inquieta hoje, parece que algo vai acontecer só que eu não sei o que é. Sabe ontem de noite, depois do lindo pôr-do-sol, eu ouvi passos vindo atras de mim, eu corri, corri e corri mas alguem pegou minha mão e eu desci o morro de veludo rolando no chão, e algo caiu em cima de mim. Um cara melhor dizendo... De mais ou menos 20 anos, eu me alevantei mas ele me puchou para baixo e tapou a minha boca e disse para eu ficar queta que alguem estava na minha casa, depois eu reconheci a voz, era do Ruan meu melhor amigo. Ele me ajudou a me alevantar eu ouvi tiros e tentei correr, mas ele me segurou pela cintura dizendo para mim esperar mas eu não queria esperar eu queria ir la ver mas ele me prendia tão forte eu virei para ele e comecei a chorar e ele abraça, depois de um tempo nós descemos o morro em silencio e ele entra primeiro e ele não queria deixar eu entrar, mas eu o empurro e entro, eu vejo... Vejo meus pais e meus 3 irmãos mortos...  A tiro. Eu começo a chorar e o olho e pergunto se ele viu os caras ele diz que não e me leva para a casa dele. Eu to lá atualmente ele não me deixa sair sozinha, estou com tanto medo... Tenho vontade de correr... De me esconder... De ficar sozinha... Mas eu não quero sair deste abrigo que ele me deu...

(Pensando) Eu fecho o caderno e olho o horizonte, bom acho que não quero mais escrever, acho que ler o caderno foi pior... Ainda tenho medo, 3 anos se passaram e eu estou me recuperando ainda... Vou para casa... Adeus lindo lugar... Ou o lugar da felicidade como eu chamava quando tinha apenas 6 anos. ( Lagrimas e sorrisos escapando na hora certa e na hora errada )
 
Jéssica Villar Vach

Nenhum comentário:

Postar um comentário