5 de janeiro de 2025

Seu pior castigo

 O seu maior castigo não é me vingar, fazer algo contra você por todo o mal que me causou. Seu maior castigo vai ser não ouvir minhas risadas, minhas histórias malucas, me ver chorando por um filme minimamente emocionante, ver meus pulinhos fofos quando ficava animada, ter meus braços ao seu redor enquanto o seu mundo desabava e todo o resto te deixava pra trás, ir até você no primeiro chamado de ajuda. 


O seu maior castigo vai ser não me ter mais ao teu lado.

Jéssica Villar Vach

14 de setembro de 2024

Ainda consigo ver você...

Quando estou sozinha em meu quarto, na quase completa escuridão, fecho meus olhos e consigo ver nitidamente a expressão dele. Aqueles olhos castanhos que me seguem com adoração, um pequeno sorriso contido nos lábios, uma expressão pacífica. E é nesses momentos que sinto vontade de chorar, quando a saudade aperta no peito e penso "tive tudo e perdi por medo?" . 

De todos os momentos favoritos que tenho, acredito que o principal é sempre os retornos. O ato de virar na minha direção e vir até mim, onde estou, não importa a expressão mas apenas o ato de vir...

Está escuro agora, é noite, novamente estou sozinha no quarto e não me sentindo nem um pouco bem. A verdade é que queria que estivesse aqui, queria estar entre aqueles braços enquanto exijo por autocontrole, que mesmo que tudo esteja dando errado a minha volta, ter ele ali é o suficiente para me dar um pouco de coragem de levantar e enfrentar a vida, porque não sei o que há com ele - talvez seja magia - que sempre faz com que me acalme, que comece a me sentir bem aos poucos, esperança e coragem.

E embora ainda consiga te ver nitidamente na minha memória, queria te ver presencialmente.

Saudade...

 Este sentimento intenso parece consumir cada parte do meu corpo, até mesmo aquelas que não podem serem vistas a olho nu. Essa saudade de massacrar o peito e a cabeça não passa, não diminui, e isso já faz dias, semanas.

Essa distância criada, essas mensagens confusas, tudo isso causa uma bagunça dentro da minha cabeça, enlouquecendo e tirando minha sanidade aos poucos, fazendo com que crie expectativas, esperanças e então novamente volto a desmoronar porque percebo que nunca serei a opção número um, a prioridade. 

"(...) A love that will never be or maybe be everything that I never thought could happen or ever come to pass and I wonder If maybe, maybe I could be all you ever dreamed (...)"


22 de julho de 2022

Agora já se tornou memória

Foi bonito por um tempo, foi tão incrível, calmo e leve como deveria ser.

Era simples demais, gratificante e com uma beleza que nada poderia descrever... Mas talvez houvesse uma data de validade ao qual nós ignoramos ou simplesmente não vimos porque estávamos ocupados demais nos olhando e depois nos afogando em nossos próprios pensamentos, nas mentiras contadas, no medo absoluto.

O medo de perder nos fez perder. 

O medo do caminho incerto nos fez recuar, nos esconder em nós mesmos.

Amar foi... Intenso. Grandioso. Maravilhoso.

Mas também foi... Medo. Dor. Angústia. 

O sentimento bonito aos poucos foi se consumindo em algo feio, escuro e pegajoso, parecia sempre conter veneno em nossas falas. Tantos erros que poderiam ter sido resolvidos facilmente com a compreensão, tantos medos que teriam sido superados se houvesse tido um abraço de compreensão, segurança e conforto. 

Mas agora todas essas coisas se tornaram parte do passado, o que mais temíamos acabou acontecendo. Não poderemos mais nos ver, nos ouvir, nos tocar, nos incentivar. Não haverá mais um nós, um novo momento, uma nova lembrança.

Essas coisas se tornaram memórias e em breve será esquecido em alguma parte do passado, ofuscado, oculto.

Amar é...

 Amar é, sobretudo, saber quando largar a mão da pessoa quando o sentimento transborda apenas de um lado. Amar também é se priorizar, ir embora, juntar suas coisas e optar por reaprender a ser sozinho para que o sentimento não se torne em algo feio, para que as memórias sejam guardadas com carinho e não com rancor ou até mesmo arrependimento. 

Vá embora, deixe estar o sentimento, pegue sua dignidade e vá-se embora antes que as coisas fiquem feias, antes que se machuque ao ponto de não haver mais conserto, porque isso ainda é amor.

E enquanto for amor, ainda será bonito.

Não mande mensagem, não procure, não corra atrás de quem não faz nem mesmo o mínimo. 

Sinta falta mas sinta sozinho, lide com seus sentimentos sozinho, seja seu consolo, conforto e paz. 

Queira de volta mas não volte, queira tanto ao ponto de doer seu peito mas não volte, uma hora isso irá passar porque você se acostumará com a ausência, então tenha paciência com si mesmo, com seus sentimentos. Sinta profundamente mas não se abale, isso também é parte de você.

Amar é também dor até que não restará mais nada além de memórias, então tente amenizar as coisas para si mesmo, tente manter as boas memórias intactas para que não haja arrependimentos em seu peito.

Ir embora é um sinal de amor...

Amor próprio.

3 de julho de 2022

"Nada vale o preço da sua paz!"

Achei que fosse doer mais, achei que doeria muito mais ao ponto de aquele choro ao lado dele se repetisse na noite seguinte ao dormir sozinha mas não aconteceu. Meu peito ainda dói, minha garganta ainda está trancada e tenho medo de frequentar os lugares e lembrar dos momentos. 

Ainda não tenho apetite, ainda sinto vontade de não fazer nada, meu corpo todo começa a tremer em uma crise quando penso que ir na escola vai me machucar profundamente, ainda tenho medo de olhar para ele e perder toda minha vontade de ir embora e me humilhar para tentar de novo, continuo pensando que quero enviar uma mensagem dizendo para tentarmos de novo, fazermos as coisas certas dessa vez... Mas já chega. Simplesmente não vou fazer isso, não vou enviar mensagem, não vou dizer mais nada.

Porque só eu sei o quanto dói e o quanto estou suportando "bem" tudo isso, porque apenas eu sei o quanto minha voz treme ao falar sobre ele, o quanto meu coração se aperta quando alguém menciona seu nome. Apenas eu sei quantas vezes abri seu chat no WhatsApp e te vi online mas sem estar me enviando uma mensagem, ou quantas vezes abri sua foto do perfil apenas para poder vê-lo e confortar um pouco a dor e a saudade que habitam em meu peito... Apenas eu, só eu.

As músicas tristes não saem da minha playlist do spotify, cujas letras quero separar algumas partes e enviar para ele ou postar em algum story na esperança de ele ver e perceber o quanto isso tudo está me machucando profundamente para que envie uma mensagem dizendo "ei, eu não queria que fosse assim, não queria te machucar desse jeito, então venha aqui para conversarmos e pensar em maneiras de lidar com nossos problemas e passar por cima disso" e não apenas aquele ato hediondo de desistir apenas porque se tornou difícil.

Sempre acreditei que o caminho mais fácil é a desistência e portanto, sempre tentei não desistir de nada, persistir até que todo meu corpo diga chega mas porque fui me apaixonar justamente por alguém que desiste?

"Nada vale o preço da sua paz!" 

Essa frase ainda ecoa em meu peito porque sei que é verdade mas nenhuma paz absoluta vem sem antes uma luta, uma conquista, uma vitória.

Mas preciso confessar, obrigada por me abraçar enquanto chorava forte, obrigada por dizer que doeria por dias e dias, obrigada por ter estado ao meu lado naquele momento e não ter me deixado sozinha... E principalmente, obrigada pelas boas memórias. Suas palavras, dizendo que já passou pelo mesmo dezenas de vezes, ainda estão frescas em minha cabeça. Sua voz profunda, seu tom sério...

E não terei mais nada disso e por isso preciso (re)aprender a dormir, andar e viver sem você ao meu lado. 

Foto retirada do pinterest


26 de março de 2021

Desabafo

Para ser friamente sincera, tenho vivido em um mundo repleto de tons de cinza, nada parece suficientemente significativo ou de grande valor existencial, tudo começou a perder a cor, o brilho e se tornar monótono. Claro que nem tudo sempre é cinza, há altos e baixos em toda a depressão e isso tudo pode ocorrer no mesmo dia. Dou risada, até mesmo solto algumas gargalhadas, brinco e canto algumas músicas mas o quanto disso é sincero?

Ter depressão é viver na constante de não saber se suas atitudes são movidas pela força do hábito ou pela sinceridade.

E como disse um pouco no começo, existe altos e baixos.

O que quero dizer com isso é que nem sempre estou no fundo do poço, nem sempre meu humor está deprimido. Esses momentos são raros e maravilhoso, fico animada porque estou vivendo algo fora do meu eterno círculo de cinza mas, como sempre, esse estado de alto não dura para sempre e algo acaba por acontecer que me jogará facilmente no estado deprimido.

Muitas vezes as pessoas não entendem que quando uma pessoa depressiva se sente um pouco mais no alto, não quer fazer tudo de uma vez só e sim apreciar os momentos que vem quando veem e que quando forçada acaba sendo empurrada para baixo novamente. Nós queremos fazer as coisas que realmente queremos e não porque alguém pediu ou nos forçou a fazer, queremos que nosso humor esteja de acordo com as coisas que iremos fazer ou voltaremos facilmente para o estado deprimido.

É tudo no próprio tempo, sempre se resume a isso.

Escrever, que sempre foi minha paixão, perdeu também seu significado e seu brilho.

Ouvir música não é algo tão prazeroso quanto antes e a utilidade principal é para calar as vozes de minha cabeça. 

Sempre gostei de tons de cinza mas apenas na referência de cor, não de viver.

Aos poucos, tudo foi se perdendo no abismo de cinzas e tudo o que restou foi um estado de humor deprimido e um choro que muitas vezes é apenas um soluço se engasgando no meio de tantos sentimentos desconhecidos.

Queria que as pessoas entendessem como meus sentimentos funcionam, nada acontece mas fico deprimida ou tudo acontece e me deixa deprimida do mesmo modo, não existe uma explicação lógica para isso e tenho lutado para sobreviver a esses terríveis tormentos e, na maioria das vezes, sem algum apoio emocional. Tenho lutado assim por anos, por muito mais tempo do que gostaria e talvez no meio desta batalha exista mais derrotas do que vitórias, nem sempre fui boa comigo mesma em momentos de crise e tampouco consegui ser boa com os outros.

Não que a culpa não seja minha mas quando tudo está desmoronando aqui dentro, poderia me dar um tempo e deixar que me acalme antes de vir um pedido sincero de desculpas? 

Não terei como reparar meu erro e me corrigir se tudo o que consigo ver é a agonia dos muitos sentimentos circulando em meus pensamentos, quando aquelas vozes tomam o controle de tudo.

É tudo confuso, é tudo cinza, é uma bagunça.

Este sou eu. 

11 de setembro de 2019

Viva a diversidade

Enquanto lavava a louça, no radio alguém comentava sobre apoio aos LGBTQ+ e o medo que muitos pais, mães, irmãos e amigos sentiam sobre apoiar um membro da família e, automaticamente, minha memória me levou para quando eu confrontei minha avó materna sobre isso.
Assumidamente, sou bissexual por mais de cinco anos e muitos parentes ainda se sentem estranhos em relação a minha orientação sexual. E no dia que me recordo, minha avó disse ser errado mulher com mulher e homem com homem.
  • "Por quê?" Eu perguntei. 
E ela me olhou de forma confusa, sem saber ao que me referia.
  • "Por que é errado mulher com mulher e homem com homem?"
E, tentando justificar a perguntar ou o motivo, respondeu:
  • "É errado porque Deus fez o homem e também a mulher."
E eu, como boa menina peçonhenta e sem margem para homofobia, respondi o seguinte:
  • "Se Deus é realmente o motivo por ser contra algo que é natural, porque ele faria tais sentimentos? Porque deixaria que seus filhos se rebelassem contra aquilo que ele acredita? E acima de tudo, porque existiria esse tipo relação? O mesmo Deus que criou você e seus sentimentos, criou os gays, lésbicas e até mesmo os héteros. Qual a diferença?"
E como todo homofóbico sendo contrariado, ela simplesmente mudou de assunto ou reclamou sobre eu querer ver tudo da perspectiva do meu umbigo. E eu só penso "quem me dera".
Não me orgulho do modo como abordei o assunto ou como eu parecia sem paciência para isso, mas realmente tem coisas que precisam ser faladas nesse tom para que se faça entender. Ela nunca mais criticou minha orientação sexual.
Pode não apoiar mas também não critica mais.

E sobre a noticia na rádio, me fez pensar em duas coisas.
  1. Entendo sobre o medo de querer apoiar LGBTQ+.
  2. Mas apoiar não quer dizer que você seja um, mas apenas que você simpatiza com a causa e não quer nosso mal.
A gente apenas quer viver, amar e sermos respeitados por nossas escolhas. E quando um não-LGBTQ+ apoia a causa, é bonito. É bonito porque é difícil tanto para ele quanto para nós. E é bonito porque ele vai contra tudo aquilo que, provavelmente, a família dele acredita. E tampouco falo daquele apoio de palavras, porque palavras são fáceis de serem ditas.
É aquele apoio que da orgulho, que causa orgulho e que gera orgulho para todos. É quando uma pedra vai atingir um trans (exemplo) e o não-LGBTQ+ se mete no meio, interfere a ordem da agressão e parte para a defesa da vitima.
É exemplar.

O medo não nos impede de ir na direção certa, a incerteza que impede. Se você quer apoiar uma causa, mesmo não fazendo parte dela, será sempre bem vindo.
Será sempre uma honra pois, na minha opinião, quanto mais gente nessas causas, melhor.

Viva a diversidade.

11 de julho de 2019

Esmalte e relação

Quando fui retirar o esmalte vermelho das unhas porque já estava descascado e com uma beleza inexistente, me dei conta de que aquilo poderia também ser baseado em relacionamentos amorosos. Não é como se você pudesse retocar, passar um novo esmalte por cima do antigo e querer que as coisas sejam escondidos atrás de uma beleza superficial. 

Você sempre saberá que por baixo daquela beleza está a verdadeira face, a feiura.

Isso vale para um relacionamento.

Quantos relacionamentos vocês podem dizer que é 100% bonito? Ou quantos namoros vocês já tiveram que esconder as feiuras, os machucados e arranhões de uma relação? E não falo em lesão corporal, pois isso é totalmente errado e abusivo mas sim de uma relação desgastada pelo tempo e com sentimentos balançados.

As relações não são perfeitas e mesmo quando você passa um pano para lustrar tudo, ainda sim existe as cicatrizes.

Às vezes é muito mais fácil você limpar o antigo esmalte das unhas, em uma relação isso equivale-se a conversar sobre o que lhe incomoda e machuca com o parceiro, e passar um novo sobre as unhas.

21 de maio de 2018

Uma vez, duas vezes, três vezes; Eu queria morrer

Quis morrer uma vez, duas vezes, três vezes. 
E tantas outras que parei de contar em algum momento.
Quis morrer por diversos motivos e alguns nem valeriam tanto a pena assim, pelo menos por agora. Nos momentos que senti vontade de retalhar os pulsos e machucar minha carne, eram importantes. Foram importantes.  São momentos que pensei que não passaria, que não sobreviveria... Pensei, em tal época, que aquelas seriam minhas ultimas palavras e meus últimos desejos.  
 Quis, ardentemente, morrer tantas e tantas vezes que não houve um arrependimento pelos pensamentos; E nem por ter sido ingrata com minha vida. 
 Escrevi cartas, com várias desculpas e desejos. Citei coisas que me levarão até aquela decisão - a de querer morrer - e citei defeitos de mim mesmo. Quis morrer, tirar minha própria vida, mas ainda queria escrever sobre isso. Queria deixar claro o motivo de minha ida, se realmente a fizesse, e gostaria que as pessoas a quem dediquei algum tempo e apresso soubessem disso.  
Quis mostrar minha dor e minhas decisões. Queria mostrar que não haveria arrependimento e que não lamentaria as coisas que fiz, pois em dado momento, fora o melhor que pude fazer. 
 Lembro dos motivos e lembro das dores. Lembro dos pesos que puseram sobre mim e nem perguntaram se estava tudo bem em carregar, coisas que nada tinha a ver comigo. Assumi erros, falhas e mentiras que não eram minhas. Aceitei xingamentos, risadas e deboches para coisas que eu gostava e de atitudes que eram certas. Fui acusada, mas me calei e deixei que pensassem o que quisessem... E todas essas coisas, me mataram. 
 Não fui eu quem me matou. Não fui eu que me tornei fria e apática sobre toques e sentimentos românticos. Não fui eu que escolhi o drama para escrever. Me obrigaram a fazer parte dessas coisas quando me fizeram querer morrer, quando não me perguntaram se eu estava bem.
Quis morrer uma vez, duas vezes, três vezes e infinita vezes. Perdi as contas e o que era a vontade de viver desde quando era pequena. 
E a pior parte não foi a vontade de morrer, a de estar cansada demais para continuar, foi as pessoas fingindo me entender. E fingindo serem amigas... E fingindo se importar.
Essa sempre será a pior parte.

28 de janeiro de 2018

Preste atenção, mas somente um pouco

Aviso: Se for o tipo de pessoa que nunca gostou de outra, mesmo em um relacionamento, isso não é para você. 
Adoramos café e não nos importamos se está quente ou frio ou se foi re-esquentado ou não, na verdade nem ligamos para isso. Somos mais o tipo de sentar em uma cadeira desconfortável ou bebericar em pé, ou simplesmente nos sentamos em frente ao computador ou notebook e acabamos por esquecê-lo ali, até que olhamos ao lado e avistamos nossa caneca e passamos a tomar, de pouco a pouco, pois para nós, o pouco a pouco é significativo.
Estar em um relacionamento não é um mar de rosas e as vezes pensamos que é muito sufocante, e eu concordo. Na verdade, um relacionamento é só um mar, pois as rosas existem apenas no começo, na juventude.  Nesse momento nos deixamos levar pelo sentimento que palpita forte em nosso peito, que toma controle de nossa razão a aceitamos coisas que não aceitaríamos normalmente. É um sentimento comum, principalmente no começo. Amamos e somos amados com uma eloquência desconhecida e sem limites, nos tornamos agressivos e meigos demais, até um momento. Quando passamos a parar de pensar com o "coração" e sim pela mentalidade, notamos que dar as mãos não é algo mais tão importante e que os beijos não são mais tão "especiais" como no começo e muita dessas vezes pensamos que o amor esfriou, sumiu, evaporou.
Não é verdade.
Nem um pouco, na verdade é bem longe disso.
Por fazermos tais gestos tão repetidamente no começo, em algum momento nosso corpo - e alma - se acostuma com tais coisas e param de ser importantes e especiais. E isso não quer dizer que o sentimento parou de existir, é apenas algo que você já se acostumou e não é tão ruim como as pessoas passam a dizer. Na verdade, esse é o momento que você procura por gestos diferentes que nunca havia reparado ou maneiras que o seu par faz as coisas e isso é tão atraente que irá te fazer olhar para ele com uma cara esbanjando felicidade. É como algumas pessoas dizem (poucas), você se apaixona novamente por coisas tão pequenas e quase imperceptíveis.
Deixamos para lá novamente e nos focamos em alguma coisa que está em sua frente, seja seu gato pulando atrás de alguma mosca ou mosquito ou quando o titulo de um livro lhe chama a atenção, você deixa seu café de lado em suas mãos e apenas fica divagando sobre aquilo que está na sua frente... Ou nem isso. Ou sua mente te leva para algum lugar em sua mente onde merece mais atenção do que aquele café tão apreciado por seus lábios. 
E nesses momento que você passa a reparar nos mínimos detalhes é quando exatamente você percebe coisas que você não gosta ou não aprova. É quando você vê as falhas. E vendo as falhas e vendo uma terceira pessoa é quando você se dá conta de que seu coração pode ser frágil. Você passa a desejar que seu par faço aquilo porque alguém que você viu o fez e lhe honrou de uma forma única. É quando seu coração quer se entregar a uma terceira pessoa, mas não quer deixar seu par. É normal, eu diria. É normal porque você não quer deixar o atual relacionamento, não quer abandonar, você quer aqueles gestos e aquelas falas na pessoa que escolheu para ser seu par. E tendo isso em vista, você passa a pensar e enlouquecer em coisas como "porque ele não faz isso" ou "como pode ser tão difícil ele agir assim?", eu sei, é estranho e deprimente. Não é ruim.
E você não ama menos o seu par por pensar assim, você apenas queria que ele fosse a pessoa perfeita para seu gosto e sem saber, ele faz a mesma coisa. Ele olha para outras pessoas e pensa em como você é falha em algo que o terceiro é extremamente bom e cativante.
Isso não é menos do que prestar atenção aos detalhes e querer modificar algumas coisas. Isso não é porque seus sentimentos estão em uma fase de diminuição, isso é apenas porque você se importa ao ponto de querer arrumar algumas falhas de seu par.
Apenas isso.
Só isso.