14 de setembro de 2024

Ainda consigo ver você...

Quando estou sozinha em meu quarto, na quase completa escuridão, fecho meus olhos e consigo ver nitidamente a expressão dele. Aqueles olhos castanhos que me seguem com adoração, um pequeno sorriso contido nos lábios, uma expressão pacífica. E é nesses momentos que sinto vontade de chorar, quando a saudade aperta no peito e penso "tive tudo e perdi por medo?" . 

De todos os momentos favoritos que tenho, acredito que o principal é sempre os retornos. O ato de virar na minha direção e vir até mim, onde estou, não importa a expressão mas apenas o ato de vir...

Está escuro agora, é noite, novamente estou sozinha no quarto e não me sentindo nem um pouco bem. A verdade é que queria que estivesse aqui, queria estar entre aqueles braços enquanto exijo por autocontrole, que mesmo que tudo esteja dando errado a minha volta, ter ele ali é o suficiente para me dar um pouco de coragem de levantar e enfrentar a vida, porque não sei o que há com ele - talvez seja magia - que sempre faz com que me acalme, que comece a me sentir bem aos poucos, esperança e coragem.

E embora ainda consiga te ver nitidamente na minha memória, queria te ver presencialmente.

Saudade...

 Este sentimento intenso parece consumir cada parte do meu corpo, até mesmo aquelas que não podem serem vistas a olho nu. Essa saudade de massacrar o peito e a cabeça não passa, não diminui, e isso já faz dias, semanas.

Essa distância criada, essas mensagens confusas, tudo isso causa uma bagunça dentro da minha cabeça, enlouquecendo e tirando minha sanidade aos poucos, fazendo com que crie expectativas, esperanças e então novamente volto a desmoronar porque percebo que nunca serei a opção número um, a prioridade. 

"(...) A love that will never be or maybe be everything that I never thought could happen or ever come to pass and I wonder If maybe, maybe I could be all you ever dreamed (...)"